quarta-feira, 25 de julho de 2012

A deficiência auditiva e a Terapia Ocupacional

A Terapia Ocupacional é indicada quando há dificuldades de realizar de maneira satisfatória as atividades escolares, sociais, de lazer e auto-cuidado. 
Quando há indicação para melhorar o desempenho funcional, prevenir incapacidades e evitar o atraso no desenvolvimento.  
Avaliações, testes e/ou observações:  
Habilidades percepto-cognitivas (ex: conceitos básicos, esquema corporal, consciência corporal, nível de atenção/concentração);
Habilidades afetivas (ex: auto-estima, auto-conceito, sentido de competência, limiar de frustração);
Habilidades sociais e morais (adequação e interação social, saber cooperar, dividir, noção de limites); 
Habilidades sensoriais (ex: táteis e visuais);  
Atividades de vida diária: Cuidado de si e da comunicação (alimentação, higiene, locomoção, vestuário, comunicação escrita, verbal e gestual);
Atividades de vida prática: Atividades domiciliares e do cotidiano;
Atividades de vida de lazer: atividades que envolvam a satisfação, o descanso, o interesse do indivíduo, tais como; esporte, jogos, dança, teatro,leitura, cinema, música;
Atividades de vida trabalho/escola: execução do dever de casa, uso do material escolar próprio, planejamento de atividades;
O tipo de linguagem e comunicação utilizadas pela criança e família; 
Verificar as relações familiares;  
Considerar suas expectativas e sua demanda para o tratamento. 

Objetivos do Tratamento:

Ampliar nível de autonomia e independência da criança nas AVDs, AVPs, no lazer, ambiente social e desempenho escolar;
Promover o desenvolvimento das habilidades e competências necessárias à atuação nos diversos espaços: escola, família, comunidade;
Desenvolver a linguagem e as habilidades de comunicação e interação (utilizando possíveis resíduos auditivos da criança.); 
Estimular  o pensamento abstrato;  
Motivar aprendizado e refinamento das habilidades motoras, percepto-cognitivas, noção espacial e temporal, esquema corporal e equilíbrio para facilitar aprendizado em libras; 
Ampliar a memorização;  
Facilitar construção da identidade surda, do auto conhecimento e identificação pessoal;
Condensar informações/instruções através da redução de vocábulos;
Oferecer experiências de compartilhar, brincar, esperar sua vez com outras crianças; 
Proporcionar contato com outras crianças surdas; 
Buscar um desenvolvimento psicológico saudável; 
Estimular a atenção, o raciocínio lógico; 
Ampliar o campo lúdico; 
Favorecer a imitação; 
Potencializar a criatividade;  
Facilitar atitudes de descontração, de dinamismo, de iniciativa, de curiosidade e de organização frente às situações rotineiras;
Realizar orientações familiares: A importância da mesma no processo educacional da criança surda; como estimular a criança em domicílio, buscar associações/comunidades de surdos para ter contato com outras famílias;
Promover orientação na escola: Adaptações curriculares, postura da professora e seu feedback, atividades com os colegas (estruturação das relações sociais), material didático, avaliações da performance da criança surda.


Métodos de Intervenção e tratamento:

Atendimento individual;
Atividades em grupo;
Oficinas comunicativas e de expressão (dança, teatro, modelagem,  pintura, etc);
Oficinas profissionalizantes;
Atividades culturais e de recreação;
Acompanhamento em sala de aula;
Palestras e orientações na escola, com os familiares e na comunidade;
Treino de AVDs e AVPs;
Atendimento com participação dos pais.


TRABALHO ENVIADO POR: Ana Paula Mendes e Renata Couto, Acadêmicas de Terapia Ocupacional da UFES


Um comentário:

  1. Esse material me ajudou bastante, obrigado a brilhante mente que colocou isso aqui pra que todo mundo pudesse acessar

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